Banco é condenado a indenizar cliente por demora em fila, em Anápolis

Banco é condenado a indenizar cliente por demora em fila, em Anápolis

Segundo o documento, a instituição deverá pagar R$ 3 mil à cliente. Mulher aguardou por atendimento por cerca de 2h30 na tentativa de abrir uma conta.

Agência do banco Santander localizada em Anápolis, em Goiás — Foto: Reprodução/Google Street View

Um banco foi condenado a indenizar uma cliente por demora em uma fila, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo o documento, a instituição deverá pagar R$ 3 mil à cliente, após ela ter aguardado atendimento na agência bancária por cerca de 2h30. Decisão cabe recurso.

“A demora no atendimento bancário excedeu ao limite do bom senso", considerou o juiz.

[Também] entendo que contribui para a conclusão o fato da parte autora ter que dispor do seu horário de almoço, bem como fazer a devida compensação no horário de labor pelo tempo gasto, o que constitui um verdadeiro desrespeito ao consumidor”, acrescentou o magistrado.

A decisão foi assinada pelo juiz Leandro Barbosa Rodrigues no dia 14 de abril. Ao g1, o Banco Santander afirmou que não comenta casos que ainda estão em andamento judicial.

O caso aconteceu no dia 5 de outubro de 2022. De acordo com o advogado da cliente, João Victor Salgado, na ocasião, a mulher foi realizar uma abertura de conta para receber salário e, com a demora, acabou tendo bastante prejuízo.

"Durante todo o tempo em que ela ficou lá ela ficou sem almoçar, sem beber água, sem ir ao banheiro. Acaba que fica sem estrutura nenhuma e mostramos isso no processo", explicou o advogado.

Ele ainda ressaltou que, em Anápolis, a lei municipal 181, promulgada em 2008, prevê que o tempo de espera, para atendimento bancário, em dias úteis, seja de 20 minuto. Já em vésperas ou após feriados prolongados, assim como em dias de pagamento de funcionários públicos municipais, estaduais, federais e de recebimento de tributos, o tempo é de 30 minutos.

No processo judicial, a cliente relatou que, para não atrapalhar o horário do seu expediente, optou por usar o seu horário de almoço para realizar o serviço bancário. Assim, ela informou que chegou à agência às 12h32, conforme indica a senha emitida pelo banco.

No entanto, somente às 13h57 o atendimento foi iniciado, demorando 1h e 25 minutos. Além disso, de acordo com o que foi relatado nos autos do processo, a cliente também precisou aguardar mais uma hora e sete minutos para a conclusão de todo o atendimento.